RITMO DA FOLIA - POVO DO RIO NO CARNAVAL

Aqui, publicaremos a coluna do Jornal Povo do Rio, com informações sobre o mundo do samba. Afinal, o Carnaval é ou não é o maior espetáculo do planeta? GISELLE SANT´ANNA E RENATA ONAINDIA. As fotos são de Fellippo de Freitas

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Uma boa terça-feira

A Terça-feira de Carnaval foi emocionante na Marquês de Sapucaí. Depois das escolas dos grupos A e Especial brilharem, foi a vez do Grupo B entrar na Avenida. As agremiações, com menor poder aquisitivo, tem que driblar a falta de dinheiro com muita criatividade. Além disso, a emoção e dedicação dos componentes são ingredientes importantes para fazer bons desfiles. As 14 escolas do grupo entraram em cena dispostas a migrarem para o A, única forma realizar o sonho de ao Especial. Os destaques da noite foram Inocentes de Belford Roxo e Lins Imperial. Hoje é dia de conhecer a vencedora.
A primeira a pisar na Avenida foi a Flor da Mina do Andaraí. A escola, que contou a história de Dom João VI no Brasil estava confusa e desorganizada. Logo depois, a Unidos de Padre Miguel contou a sua própria história. Para falar de seus 50 anos, a Vermelho-e-Branco da Zona Oeste levou objetos da própria comunidade - varais de roupa e televisões, para os carros alegóricos. Para mostrar originalidade, pessoas da região desfilaram até sem fantasias na alegoria, que representava um barraco. Fez um bom desfile e saiu aplaudida.
A União de Jacarepaguá falou dos chá sem empolgação e não agradou. Em seguida, foi a vez da Boi da Ilha do Governador, que contou como o telefone interfere na vida das pessoas, tendo a aprovação da galera.
A Paraíso do Tuiuti foi cheia de amor. Muito criativos, os carros tinham bom acabamento, e os integrantes, animação. Com um samba que exaltava a Portela, a Sereno de Campo Grande conquistou o público, mas apresentou problemas. A comissão de frente chegou atrasada e desfilou à frente do último carro.
Logo veio uma das candidatas ao título: Inocentes de Belford Roxo. A escola fez um desfile superior, como se estivesse no Grupo A, ao exaltar Assis Chateaubriant. Musa da Mocidade, Thatiana Pagung foi destaque na escola.
Sem capricho e organização, Unidos de Lucas estava muito simples para contar o enredo "Circo, samba e futebol - a expressão de um povo. Quem também não teve luxo foi a Difícil é o Nome, o que foi compensado pela alegria dos componentes.
A Lins Imperial estava grandiosa. A escola entrou para a briga do título ao falar sobre Chico Mendes e o Meio Ambiente. Com luxo em todos os carros e fantasias, a agremiação estava grandiosa.
Paulo Barros desfilou na Vizinha Faladeira, onde era carnavalesco. A escola fez um desfile certinho, mas sem muita emoção com o enredo "Oduduya, a volta ao templo da criação", de Jorge Caribé.
Rebaixada em 2006, a Alegria da Zona Sul foi a 12ª escola a se apresentar com o enredo 'Negro não humilha e nem se humilha a ninguém, todas as raças já foram escravas também'. A escola da Zona Sul entrou sem garra. Os componentes mal cantavam o samba-enredo. Os carros eram bonitos.
Penúltima escola, a Independente da Praça da Bandeira teve uma série de problemas, ficando sete minutos sem desfilar. Os componentes pareciam que não estava na Sapucaí. Já a última, União do Parque Curicica, com sua irreverência de sempre, fez bonito com o enredo "Brazil S/A... é a pátria que nos pariu!!!". A escola estava com alas bem coloridas e animada.

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