Império da Tijuca pode levar 'Mestre Vitalino' para a Avenida
O presidente do Império da Tijuca, atualmente no Grupo A, continua analisando quatro possíveis enredos para a agremiação contar na Marquêsde Sapucaí em 2009. Antônio Marcos Teles, nosso querido Tê, entretanto, não esconde suapreferência pela reedição de "O Mundo de barro do Mestre Vitalino"(Carnaval de 77), desenvolvido pelo carnavalesco Geraldo Cavalcante. Já o samba-enredo é de autoria de Biel Reza Forte, um dos mais reconhecidos compositores da escola.
A obra ingênua de Vitalino Pereira dos Santos, nascido em Caruaru, cidadede Pernambuco, hoje é encontrada em muitos museus e coleçõesparticulares. Através dela, o mais popular ceramista do Brasil transmitiu aoscentros culturais do mundo uma significativa mensagem de brasilidade.Sua história de vida, vale destacar, é também uma poesia, cujos versos sãorimados a palavras como massapé, simplicidade, caçuás e jegue, bemcomo aos grandes nomes do cangaço, Lampião e MariaBonita.
Imaginando o quão bonito seria reproduzir o "Casal de Cangaceiros", o"Vaqueiro" e o "Casamento no Sertão", entre tantos outrosbonecos, na Passarela do Samba, o presidente do Império daTijuca agora segue em busca de apoio para a concretização de um sonho quese tornaria realidade aos olhos de mais de 350 países.
- Seria maravilhoso levar Mestre Vitalino e sua arte novamente para aAvenida. Sou um dos milhares de fãs de seu trabalho, que ganhou notoriedade no mundointeiro, elevando a bandeira de nosso país ao patamar mais alto, alémde mostrando o talento, a criatividade e a capacidade do povobrasileiro. A homenagem ao sensível artista, por intermédio de nossa escola, eu não tenho dúvidas, seria à altura da relevância de MesteVitalino para a cultura nacional. Basta-nos reunir recursos financeirossuficientes, pois sabe-se que, atualmente, sem o apoio daqueles que entendem comograndioso e dispendioso é o espetáculo que preparamos, fica muito difícil sercompetitivo e tirar as idéias do papel - argumentou Tê.
De acordo ainda com o presidente da Verde-e-Branco do Morro daFormiga, outra idéia de reedição vem lhe tirando o sono: "O misticismo da África no Brasil", enredo do Carnaval de 71, cujo samba,de Marinho da Muda, João Quadrado e Wilmar Costa, já foi, inclusive, entoado pornada menos que Clara Nunes.
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